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Reféns bloqueando ruas, incêndios e fuga em comboio: saiba como quadrilha sitiou Criciúma

Moradores de Criciúma, em Santa Catarina, viveram uma madrugada de terror nesta terça-feira (1º), após uma quadrilha fortemente armada sitiar a cidade para assaltar uma agência bancária. Durante a ação, os criminosos bloquearam ruas, incendiaram um túnel que dá acesso ao município, usaram reféns como escudo e atiraram várias vezes em via pública. As informações são do portal G1.

Um policial e um viligiante foram feridos no confronto com os criminosos, segundo a polícia. A ocorrência na cidade é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais e vários moradores da região compartilharam vídeos e imagens do momento dos ataques, que duraram mais de uma hora.

A Polícia Civil suspeita que cerca de 30 pessoas encapuzadas, divididas em vários veículos, tenham participado das ações simultâneas. Até a publicação dessa matéria, ninguém havia sido preso.

Reféns usados para bloquear ruas

Legenda: Reféns foram colocados sentados em uma faixa de pedestre para bloquear a rua.
Foto: Reprodução

Os primeiros relatos da ocorrência foram registrados por volta de meia-noite. Os disparos foram ouvidos, principalmente, pela população da região central de Criciúma.

Os suspeitos usaram reféns para bloquear ruas e impedir a reação da polícia. Imagens nas redes sociais mostram o momento em que cerca de seis reféns estão sentados em uma faixa de pedestre.

Túnel incendiado

Policiais militares relataram que a quadrilha incendidou um túnel no município de Tubarão, para impedir que o reforço policial de cidades vizinhas chegassem à Criciúma.

O batalhão da polícia foi atacado pelo bando, que também incendiou um veículo.

Dinheiro no chão

Várias cédulas de dinheiro ficaram espalhadas em ruas da cidade durante a fuga dos criminosos. Moradores da região chegaram a sair de casa e foram flagrados recolhendo as cédulas, fruto do assalto ao banco.

Fuga em comboio

Após as ações simultanêas, a quadrilha fugiu em um comboio. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pelo menos 10 veículos usados pelos suspeitos para deixar a cidade.

Mais de duas horas após os primeiros relatos, peritos foram às ruas para verificar a possibilidade de materiais explosivos abandonados durante a fuga. Depois dos ataques, o grupo criminoso teria abandonado, pelo menos, um malote de dinheiro.

Reforço policial

O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) disse, em entrevista à Rádio Gaúcha, que os reféns foram liberados. As pessoas que aparecem nas redes sociais eram funcionários do município que estavam fazendo pinturas de faixas na cidade. Ele ainda afirmou que os suspeitos chegaram a arrombar cofres e caixas eletrônicos; e que deve solicitar reforços para a polícia do Rio Grande do Sul.

Além do auxílio de outro estado, agentes de municípios vizinhos, como AraranguáTubarão Içara foram dar apoio aos policiais de Criciúma.

No Twitter, rapidamente o nome do município entrou nos assuntos mais comentados do momento. Além de “Criciúma”, outros termos relacionados à série de assaltos ganharam destaque, como por exemplo, “BAZUCA” — pois um vídeo mostra um assaltante portando essa arma durante a ação; e “La Casa de Papel“, em referência à série espanhola da Netflix que retrata toda a dinâmica de um grupo criminoso ao assaltar dois bancos.

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