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As fortes chuvas que atingem Pernambuco já deixaram 93 mortes confirmadas desde quarta-feira (25), segundo o g1. Conforme contagem do governo do estado, até a manhã desta segunda-feira (30), eram 91 mortos e 26 desaparecidos.
As áreas mais atingidas são a Região Metropolitana de Recife e a Mata Norte e pelo menos 14 cidades já decretaram situação de emergência.
A Defesa Civil de Pernambuco ainda contabilizou mais de 6,1 mil pessoas desabrigadas. Segundo o secretário executivo, tenente-coronel Leonardo Rodrigues, são 6.170.
“Oficialmente temos o número de 6.170 pessoas na condição de desabrigados. Estão em abrigos públicos, nos municípios que instalaram esses recursos. Temos aproximadamente 40 municípios afetados. Estamos diante de um evento que não é visto normalmente”, disse em entrevista ao g1.
A dona Maria Lúcia da Silva, de 56 anos, relata que já não consegue mais dormir após deixar a sua casa no último sábado (28). Moradora de Jardim Monteverde, uma das áreas atingidas pelas fortes chuvas, foi evacuada para evitar ser soterrada por um deslizamento de terra.
“Não como nem durmo, porque foi uma dor muito forte“, relatou em entrevista à AFP. Na área em que vive, chegou a acompanhar o caso da morte de 11 pessoas da mesma família.
“Foi muito triste, foi como perder minha família. Moro aqui há 40 anos, eram pessoas que eu via desde pequenas. Encontraram 11, serão enterrados, e falta uma moça de 32 anos, ainda não encontraram o corpo”.MARIA LÚCIA DA SILVAMoradora de Jardim Monteverde
No topo do morro da região de Jardim Monteverde, ainda restam algumas casas de pé. No entanto, para quem caminha pelo local, é possível ver um profundo abismo recém-aberto, quase vertical.
Na espessa camada de lama, há uma pilha de escombros com roupas, brinquedos, pedaços de tijolos e outros objetos das vítimas.
Para o aposentado Mario Guadalupe, 60 anos, a tragédia é um “grande aviso para o próximo inverno”. “O que entendemos é que é um fenômeno típico do aquecimento global, porque nunca caiu tanta chuva em tão pouco tempo”, disse à AFP.
O idoso escapou do desastre por pouco, já que o deslizamento quase chegou em sua casa. Após presenciar o caso, segue surpreso. Morando há quase 40 anos no local, nunca havia visto nada parecido.
“Houve um primeiro deslizamento de terra. Achávamos que não cairia muito mais, mas, em seguida, veio uma nova torrente, que foi como um tsunami, arrastou tudo pelo caminho”.MARIO GUADALUPEMorador de Recife
A casa modesta do aposentado, milagrosamente preservada, é usada agora para armazenar alimentos distribuídos às vítimas. “Não foi uma tragédia anunciada, porque isso nunca havia acontecido.”
A Cáritas Arquidiocesana de Olinda e Recife tem uma conta onde recebe doações.
Banco do Brasil
Além de receber doações em Recife, o grupo está recebendo valores financeiros por Pix.
Pix: 09.423.270.0001.80
As doações também pode ser feitas por Pix.
Pix: 81985367241
Os valores doados serão usados para adquirir alimentos e agasalhos para as vítimas.
Pix: ajudepeoficial@gmail.com
Fonte: Diário do Nordeste