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Apenas três semanas depois de ter sido descoberta nos Estados Unidos, a variante ômicron já é responsável por 73% dos novos casos de covid-19 no país. A estimativa, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, levaram em conta o período de uma semana encerrado em 18 de dezembro.
O aumento é 70% maior do que uma semana atrás, e mais de 72% maior do que há duas semanas, quando a ômicron, também conhecida como B.1.1.529, foi estimada como responsável por 0,4% de todos os novos casos da doença.
A variante foi detectada em todos os Estados norte-americanos, exceto Oklahoma e Dakota do Norte. Em algumas partes do país -incluindo as áreas de Nova York, Nova Jersey, grande parte do Sul, e o Noroeste do Pacífico- a variante responde por mais de 90% dos novos casos.
“Esse aumento acentuado da ômicron era esperado e é semelhante ao que foi visto em todo o mundo”, disse o CDC em comunicado. “Sabemos que as estratégias de prevenção podem retardar a disseminação da covid-19.”
Desde o fim de junho, a variante delta era a principal versão do vírus que causa infecções nos EUA. Até o fim de novembro, mais de 99,5% dos coronavírus eram provocados por essa cepa, de acordo com dados do CDC.
A variante ômicron foi detectada pela primeira vez na África do Sul no fim de novembro e rotulada como “variante de preocupação” pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 26 de novembro.
Não está claro quando exatamente a cepa chegou aos EUA. Embora a Califórnia tenha sido o primeiro Estado a confirmar um caso de ômicron no país em 1º de dezembro, o CDC disse que um paciente desenvolveu sintomas no início de 15 de novembro.
Em todo o país, cerca de 70.000 norte-americanos estão hospitalizados com covid-19, de acordo com uma média de sete dias dos dados do Departamento de Saúde do país na semana passada -isso é um aumento de 14% em duas semanas. Os EUA registram atualmente uma média de mais de 130 mil novos casos de covid-19 por dia, mais que o dobro da média de dois meses atrás.