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O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), investigado por suposto abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições de 2022, foi absolvido das acusações pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) nesta quinta-feira (9).
Com placar de 4 a 2 a favor do político, o julgamento, que poderia resultar na cassação de Moro, foi retomado às 14h desta terça. Segundo o jornal O Globo, o quarto voto a favor da absolvição veio do desembargador Anderson Fogaça.
Na sessão anterior, os magistrados Cláudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz seguiram o voto do relator, Luciano Carrasco Falavinha, e se posicionaram contra a cassação do político. O presidente do TRE paranaense, Sigurd Bengtsson, ainda não se manifestou e será o último a opinar no julgamento por chefiar o tribunal.
A Corte julga duas ações nas quais o PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam Moro de abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no período de pré-campanha, nas eleições de 2022.
No final de 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. Conforme a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União.
Para o Ministério Público, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões, oriundos do Fundo Partidário, com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.
No primeiro dia do julgamento, a defesa de Moro defendeu a manutenção do mandato e negou irregularidades na pré-campanha.
Segundo o advogado Gustavo Guedes, Moro não se elegeu no Paraná pela suposta pré-campanha “mais robusta”, conforme acusam as legendas.
Sobre os gastos, Guedes disse que as quantias foram “infladas” pela acusação. “Não houve caixa 2 nas eleições, não houve irregularidade. Então, se cria uma tese bem criativa de abuso na pré-campanha”, completou.
Fonte: Diário do Nordeste