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A disputa pelo comando da Câmara Municipal de Fortaleza, que ocorrerá no início de dezembro, é o primeiro embate a testar os partidos políticos no Ceará após a abertura das urnas do dia 2 de outubro. Em especial, um partido está desafiado a mostrar sua força após uma eleição conturbada, com resultados ruins da eleição majoritária: o PDT.
Com a maior bancada na Casa, o partido tem preferência para indicar o novo gestor que vai substituir Antônio Henrique, atual presidente e eleito para o cargo de deputado estadual. As eleições para o comando do Legislativo só envolvem os vereadores com mandato. A chapa que tiver mais votos, leva a parada e o comando por dois anos.
Mais do que o PDT, o pleito tende a testar a estatura de partidos como o PL, que fez a maior bancada federal cearense ao lado do PDT e o PT, que fez a segunda maior bancada na Assembleia, atrás também dos pedetistas.
Se o resultado majoritário foi fraco, o proporcional ainda mostra a robustez do PDT de Ciro, Cid e do prefeito José Sarto.
Nos bastidores do Legislativo municipal, só se fala neste assunto. Antônio Henrique, que demonstrou liderança ao ser eleito à Assembleia, já está fazendo as tratativas com as bancadas, discretamente. Pelo peso do comando do Legislativo, que comanda a pauta, evidentemente, o Poder Executivo também tem interesse em fortalecer seus apoiadores.
Nos últimos dias, o prefeito José Sarto iniciou uma rodada de conversas com os parlamentares para tratar de outros temas como o segundo turno das eleições. Claro que um assunto sucessão da Casa como este surge nas conversas.
Nas conversas reservadas, nomes de pedetistas como o líder do prefeito na Casa, Gardel Rolim, é um dos mais cotados. Entretanto, há outros fortes nomes como o do atual vice-presidente, Adail Júnior. Ambos são do PDT. A capacidade de diálogo com as demais bancadas, inclusive com a oposição, será importante neste processo.
No discurso de praticamente todos os parlamentares, há um caminho natural, em nível estadual, de reaproximação entre PDT, de Sarto e Antônio Henrique, e PT, do senador eleito, Camilo Santana, e do governador eleito Elmano de Freitas.
As articulações para a Presidência da Câmara podem dar indicativos de como será este novo momento. Até porque, em sequência, virá a disputa pelo comando da Assembleia Legislativa. A conferir como caminharão as bases governistas no Estado nesses novos tempos.
Fonte: Diário do Nordeste