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A Volkswagen planeja um novo ciclo de investimentos no Brasil, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A entidade afirma que a proposta é adicionar 1 bilhão de euros (R$ 5,33 bilhões) ao ciclo atual de aportes, que estava previsto para terminar em 2026. O valor, se confirmado, será distribuído entre as quatro fábricas da montadora no Brasil.
Em nota, Wellington Messias Damasceno, diretor administrativo do sindicato, diz que a eletrificação de produtos é uma das justificativas para expandir os trabalhos.
“Temos debatido a necessidade de o Brasil avançar nas tecnologias da eletrificação. Tanto elétrico puro quanto híbrido. Entendemos que essa discussão precisa estar contemplada na negociação.”
A Volkswagen já confirmou que irá produzir modelos capazes de rodar com etanol, gasolina e eletricidade no Brasil. Em um comunicado divulgado nesta quinta (31), a empresa confirma as conversas com o sindicato, mas não fala de um novo investimento.
“As negociações sindicais são uma parte importante do relacionamento entre a Volkswagen e seus colaboradores. Com 70 anos de história no Brasil, a Volkswagen busca sempre o melhor entendimento e colaboração em benefício de seus colaboradores e do ambiente de trabalho”, diz o texto enviado pela montadora.
De acordo com o sindicato, esse ciclo complementar de aportes duraria de 2026 a 2028. Viria, portanto, na sequência do plano atual, que teve início em 2022.
Estão sendo investidos R$ 7 bilhões no lançamento de novos produtos produzidos no Brasil e na Argentina -já incluindo o desenvolvimento de modelos híbridos flex. Não há, contudo, informações sobre a montagem local de modelos 100% elétricos, que poderiam ser incluídos nessa segunda fase de aportes.
Em março, o grupo Volkswagen anunciou um investimento global de 180 bilhões de euros (R$ 959 bilhões) entre 2023 e 2027. Esse valor está sendo direcionado para os principais mercados em que a empresa atua, com destaque para China e Estados Unidos.
Na época, contudo, o Brasil não foi mencionado na apresentação feita por Oliver Blume, CEO do Volkswagen Group.
Questionado pela Folha se a América do Sul seria a incluída nessa nova rodada de aportes, o executivo respondeu apenas “sim”. Em seguida, explicou que mercados como Brasil e Índia precisam desenvolver soluções simultâneas que colaborem para a descarbonização.