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Sony vende fábrica de Manaus para Mondial e deixará Brasil em 2021

A Mondial, marca brasileira de eletrodomésticos portáteis, anunciou a compra da unidade da Sony na Zona Franca de Manaus (AM). A aquisição inclui tanto a espaço quanto os equipamentos da marca japonesa.

Em setembro, a Sony anunciou que deixaria o país em março de 2021. As demais operações do grupo, que envolvem games, soluções profissionais, música e cinema, serão mantidas.

Com a compra da planta, a empresa brasileira pretende aumentar sua produção atual, e também antecipar novas linhas e segmentos de produtos.

A Mondial assume o comando da fábrica da Zona Franca de Manaus a partir de 1º de fevereiro de 2021. A fabricante brasileira assume as estruturas produtivas, laboratórios de análise, salas de testes, fabricação de moldes, linhas de montagens com equipamento de última geração, warehouse e demais instalações da antiga proprietária Sony.

A empresa já possui uma fábrica na região desde 2014, local onde são produzidos DVDs, caixas de som acústicas de média e alta potência, thunder, boombox e outros produtos da linha de áudio e vídeo.

A nova aquisição será gradativamente transferida para o novo espaço. A unidade tem área total de 55 mil m² e 27 mil m² de área construída. A Mondial também planeja iniciar outros investimentos para deixar o espaço totalmente preparado para receber novas linhas.

Dentro dos planos da empresa está contratação de mais 200 empregados para o início da operação no novo endereço e mais 220 a partir do segundo semestre de 2021, época marcada para o início da produção das novas linhas.

A unidade atual da Mondial comporta 240 funcionários, que integram um total de 3.700 funcionários da empresa no Brasil.

No pacote de expansão da empresa, desde o início de ano já foi investido mais de R$ 60 milhões em inovação, amém de ampliarem em 67% investimentos em marketing.

“A nova fábrica é só uma parte dos nossos planos, ainda em 2021, pretendemos complementar a linha de eletrodomésticos portáteis, aumentar o nosso market share em todos os segmentos de atuação e elevar a nacionalização de produção”,afirma Giovanni Cardoso, co-fundador da Mondial.

De saída A Sony, que está há 48 anos no Brasil, afirma que a saída do país se deve ao “recente ambiente do mercado” e que visa fortalecer a estrutura e a sustentabilidade de seus negócios para ter uma resposta mais rápida às mudanças no ambiente externo.

A planta, localizada na Zona Franca de Manaus, produzia aparelhos de som, som automotivo, reprodutores DVD e BluRay, TVs, câmeras digitais, filmadoras, sistemas de home theater, o console de Playstation 3 e projetores de vídeo.

Nos últimos anos, o grupo veio perdendo terreno para as coreanas Samsung e LG por não conseguir adaptar seus produtos às tendências de mercado, principalmente voltados para conectividade, como aparelhos de som portátil com conexão via bluetooth e smart TVs.

Outro fator que contribuiu com a desacelaração da empresa foi a pandemia e a suspensão de eventos esportivos, que ajudam a alavancar as vendas de televisores.

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